A base da PNL é que nós estruturamos os pensamentos de maneiras diferente. Esta forma de estruturar os pensamentos é o que chamamos de sistemas representacionais.
Também encontramos este conceito com os nomes “modalidades” ou “Modelo VAC”. Assim, sempre que usarmos qualquer uma destas terminologias o leitor saberá que nos referimos à mesma coisa.
O que são os sistemas representacionais?
Estruturamos nossa experiência subjetiva através de “qualidades” as quais chamamos de sistemas representacionais. Assim como um computador precisa de periféricos para captar informações, nós temos os sentidos.
Apesar de você ter aprendido na escola que temos apenas 5 sentidos, há estudos que apontam muito mais.
Entretanto, independente desses “periféricos”, na PNL acreditamos que toda informação que colhemos é representada através de apenas 3 sistemas.
São eles o visual, auditivo e cinestésico. Os dois primeiros são fáceis de compreender pois são diretamente correspondente a 2 dos 5 sentidos que aprendemos na escola.
Entretanto, o cinestésico é um pouco mais amplo e merece mais atenção. Inclui no sistema representacional cinestésico tudo o que dizemos que “sentimos”. Seguem alguns exemplos:
- Eu sinto o toque;
- Eu sinto o cheiro;
- Eu sinto o sabor;
- Eu sinto dor;
- Eu sinto pressão;
- Eu sinto frio;
- Eu sinto medo;
- Eu sinto amor;
- Eu sinto mal-estar;
- Etc…
Como é possível perceber, a modalidade cinestésica inclui muita coisa e ao mesmo tempo são coisas mais abstratas do que o visual e o auditivo.
Aplicação
Quando dizemos que através da PNL usamos uma “linguagem” para “programar” a mente, certamente essa linguagem é baseada no sistema VAC.
Por essa razão os sistemas representacionais são usados em praticamente tudo da PNL. Inclusive você precisará entender de modalidades para poder entender o processo de modelagem.
Para exemplificar, imagine uma sala com 100 alunos, onde o professor entra e diz “pensem em um violão”. Mesmo que todos os 100 alunos pensem em um violão, certamente estarão pensando com “qualidades” diferentes.
Estas qualidades estão relacionadas aos sistemas representacionais. Um aluno por exemplo pode estar pensando na imagem do violão com um fundo preto, enquanto outro está imaginando um violão no colo de um músico.
Outros alunos podem estar imaginando músicas do violão, desde músicas mais lentas até as mais agitadas. Finalmente, outros alunos podem estar pensando em sentimentos, de todos os tipos, relacionados ao violão.
Um pode pensar como se sente ao ouvir uma música de violão, outro porém pode sentir um peso por lembrar que não conseguiu vender o seu violão que está parado na sala. Até mesmo o cheiro do instrumento pode surgir na imaginação de outro aluno.
Note que apesar de todos pensarem genericamente na mesma coisa, todos estão pensando especificamente em coisas bem diferentes.
VAC, VAK ou VACOG?
A este ponto você já teve ter percebido que VAC é a sigla de Visual, Auditivo e Cinestésico. Mas o que são as outras siglas que encontramos nos livros?
VACOG é a sigla que inclui as modalidades Olfativa e Gustativa separadamente. Apesar de ser senso comum na PNL de que somente existam 3 modalidades principais, algumas técnicas se tornam mais eficientes se separarmos estes outros dois sentidos.
Simplesmente pelo fato de que se torna mais segmentado ou específico. Entretanto, os sistemas olfativos e gustativos continuam sendo apenas uma subdivisão do cinestésico.
Finalmente, nos sobrou o VAK para ser explicado. De todas as 5 iniciais da sigla VACOG, a única que não permanece a mesma quando traduzida do inglês para o português é o K de Kinesthetic (cinestésico).
Como a pronuncia não é alterada, apenas a escrita, muitos tradutores de livros e cursos mantém a sigla original. Dessa forma, você poderá encontrar esta variação mesmo em livros traduzidos para o português.
O que significar ser V, A ou C?
É muito comum ouvir a expressão “o fulano é cinestésico” ou “eu sou visual”. Esta comunicação pode fazer com que leigos confundam e pensem que se está afirmando que as pessoas são encaixadas em uma das três modalidades.
Na realidade, temos o que alguns autores chamam de “sistema condutor” ou ainda de “modalidade preferida”. Ou seja, é o sistema representacional que a pessoa mais usa.