Deleção, Distorção e Generalização

Na Programação Neurolinguística (PNL), os conceitos de Deleção, Distorção e Generalização (DDG) são apresentados já no livro A Estrutura da Magia, considerado como o primeiro livro de PNL (ainda que não use este termo).

O DDG trata de três filtros que usamos para interpretar informações, sejam informações que recebemos e processamos (entrada) ou que processamos e enviamos para o mundo (saída).

Um exemplo de entrada é este exato momento. Enquanto você lê este texto, você deleta partes que julga não serem importantes, adapta outras partes ao seu conhecimento prévio e agrupa outras informações em categorias de seu mapa.

Note que todo processo de Deleção, Distorção e Generalização é normalmente inconsciente.

Deleção

A Deleção, ou eliminação, é a nossa capacidade em eliminar ou ignorar informações.

Imagine como seria estressante processar as milhões de informações que você recebe a todo o tempo. Todas as cores, formas, sons, sentimentos que você está recebendo agora mesmo. Provavelmente você não está focando nas coisas ao redor do seu computador ou celular, mas apenas na página branca com letras pretas que está lendo.

Igualmente, quando vamos passar uma informação através da comunicação, é inútil dar todos os detalhes. Imagine que ao invés de dizer “estou com fome, vamos pedir uma comida?” você dissesse “Estou sentindo um desconforto no meu estômago o que me leva a crer que meu sistema digestivo necessita de mais massa alimentar, desta forma, sugiro que a gente coma algum alimento. Acreditando que você também esteja em uma condição similar e julgando as possibilidades, acredito que pedir uma comida seria a maneira mais prática e sensata de satisfazer nossas necessidades”.

Mesmo este imenso texto ainda está emitindo muita informação. E certamente o mundo seria muito mais estressante se nos comunicássemos desta forma.

Distorção

O processo de distorção, por outro lado, nos ajuda a adaptar as informações de maneira que sejam melhor aceitas pelo nosso mapa prévio.

A pessoa experimenta uma sensação muito agradável, entretanto, na hora de se comunicar ela distorce até mesmo a palavra dizendo “muiiiiiiiiiiiiito agradável”.

A maneira mais simples de entendermos a distorção é através da fantasia. Quando lemos um romance fantástico, o que estamos vendo não é um novo mundo, mas sim distorções da nossa própria realidade.

Um sabre de luz? Bem, espadas existem, luzes existem, e as pessoas podem se queimar com coisas muito quentes (como um choque). Junte tudo isso e você inventou este equipamento que vemos no Guerra nas Estrelas.

Generalização

A categoria da Generalização é o que nos permite comparar e agrupar as coisas. Imagine que você pede para usar o banheiro na casa de um amigo e chegando na porta, a maçaneta é diferente de qualquer uma que você já viu. Qual sua primeira ação? Se você for como a maioria das pessoas, certamente vai tentar primeiramente girar no sentido anti-horário. Parabéns, isso provavelmente via resolver seu problema.

Ser capaz de abrir fechaduras que nunca vimos é apenas um simples exemplo de como é importante agruparmos as informações.

Conclusão

Nossa capacidade de Deleção, Distorção e Generalização é nos ajuda a entendermos o mundo ao nosso redor e também interagir com este mundo. Também facilita nossa comunicação com as outras pessoas.

Entretanto, a DDG nos trás efeitos colaterais, muitas vezes indesejados. Portanto, conhecer estes processos através do conhecimento da PNL pode ser a chave para nosso desenvolvimento pessoal.

Conflitos Internos

Resolução de Conflitos Internos

Resolução de Conflitos Internos

Certamente já aconteceu com você de ter conflitos internos que, por querer duas coisas opostas, você ficou travado e não conseguiu fazer nenhuma das duas.

É, por exemplo, quando você quer acordar mais cedo e ao mesmo tempo que dormir mais um pouco. Ou então quando quer fazer uma dieta mas também quer comer salgadinhos e doces.

Nesses momentos, usamos uma teoria, que podemos considerar como um pressuposto, chamado de teoria das partes. Na realidade nossa mente é uma coisa só, mas ajuda imaginar que ela seja separada em partes.

Essa forma de pensar sobre a organização da mente é bastante útil para várias técnicas . Em seus livros, Connirae Andreas usa muito desta teoria que em inglês é chamada de Parts Integration.

Passo-a-passo para a Resolução de Conflitos Internos

Existem duas variações desta técnica de resolução de conflitos internos sendo uma delas a imaginação interna das duas partes e a outra imaginar externamente, na palma das mãos, as duas partes.

Há também outra variação é fazer um exercícios mais analítico e investigativo ou apenas um exercício metafórico deixando o inconsciente escolher como resolver internamente.

Dessa forma, neste artigo vamos explorar o passo-a-passo interno e analítico, mostrando também um pouco da intervenção metafórica.

1- Identificar o conflito

O primeiro passo é apenas identificar qual é o conflito que o cliente está tendo e deseja resolver. Para a explicação, vamos pegar o exemplo de um cliente que queira acordar mais cedo, mas tem tido dificuldades.

Ao perguntar para esse cliente “por que você não está conseguindo acordar mais cedo?” ele responde “pois gosto de ficar acordado até tarde para assistir séries”.

Obviamente há duas partes conflitantes. Uma delas quer ficar assistindo séries enquanto a outra quer acordar mais cedo. Para resolver este conflito, vamos para o próximo passo.

2- Criar as partes

Explique para o seu cliente a teoria das partes. Segue um exemplo de explicação, feita pelo Rafael Rocha:

“Nossa mente é uma única peça e funciona de maneira integrada. Entretanto, é útil imaginarmos que ela se organiza em partes, isso não necessariamente é verdade, mas trás um bom resultado. Pense bem: essa situação que você me relatou, funciona como se uma parte sua desejasse uma coisa e a outra parte desejasse o oposto. Você topa agora imaginarmos essas duas partes?”

Rafael Rocha

Após essa explicação, você pode começar por uma das partes. Peça ao cliente que escolha uma dessas partes para começar.

Se você for trabalhar de maneira interna e analítica, peça que ele imagine um personagem, pode ser um personagem real ou criado, humano ou não. Imagine o máximo de detalhes possíveis. É útil guiar seu cliente pelas três modalidades.

Após seu cliente criar o primeiro personagem, você pode sugerir criar um nome, seja um nome próprio ou de objeto ou ainda metafórico.

Então repita o processo para criar a outra parte. Assim, dado o exemplo do passo anterior, digamos que o cliente tenha criado os seguintes dois personagens:

Batatão – é um homem obeso que usa shorts e a camiseta mostrando o umbigo e fica deitado no sofá assistindo séries o dia todo.

Sr. Certinho – é um homem magro, bem arrumado que passa a vida toda preso no trabalho fazendo tudo certo para ser bem sucedido.

Note que o practitioner não deverá julgar se os personagens parecem bons ou ruins, se um é melhor que o outro ou não. Deixe o inconsciente do cliente trabalhar.

3- Intermediando o conflito interno

Você já viu uma pessoa intermediando um conflito entre outras duas pessoas?

Essa pessoa, que podemos chamar de juiz, busca entender o que cada uma das outras duas deseja e busca encontrar um ponto de equilíbrio.

Na resolução de conflitos internos, o próprio cliente será o juiz. Portanto, guie-o para investigar cada uma das partes (imagine no lugar de [nome], o nome dado pelo cliente a cada parte):

“Agora, quero que você se imagine de frente com o [nome], pergunte para ele: ‘o que você quer?’. A resposta provavelmente será um pouco óbvia, então pergunte ‘por que você quer isso?’.

Essa pergunta “por que você quer isso?”, é uma comunicação de meta-modelo. Apesar de ela segmentar para baixo (mais específico), ao ser repetida várias vezes, aos poucos ela se torna uma pergunta ericksoniana e começa a segmentar para cima (mais abrangente).

No exemplo que escolhemos, o cliente poderia ter o seguinte diálogo com o “batatão“:

  • O que você quer?
  • Eu quero assistir minhas séries em paz!
  • Por que você quer isso?
  • Para relaxar.
  • Por que você quer relaxar?
  • Por que me sinto exausto.
  • Por que você se sente exausto?
  • Por que trabalho muito.
  • Por que você trabalha muito?
  • Por que quero ganhar melhor.
  • Por que você quer ganhar melhor?
  • Para poder aproveitar melhor a vida.

Não existe uma regra de quando parar de fazer as perguntas. A idéia final é achar um ponto em comum para a resolução de conflito, mas você poderá retornar para o primeiro personagem e fazer as perguntas novamente.

Depois, o diálogo com o “Sr. Certinho” pode seguir da seguinte forma:

  • O que você quer?
  • Eu quero acordar mais cedo para fazer uma rotina matutina!
  • Por que você quer isso?
  • Para ter mais produtividade no trabalho.
  • Por que você que ser mais produtivo no trabalho?
  • Para ser promovido.
  • Por que você quer ser promovido?
  • Para ganhar melhor.

Neste ponto não é mais necessário fazer mais perguntas. Já achamos um ponto em comum entre as duas partes.

4- Acordo

Nesta parte da resolução de conflitos internos, ajude seu cliente a criar um acordo entre as partes. Um exemplo da explicação:

“Me parece que tanto o Batatão quando o Sr. Certinho desejam a mesma coisa: ganharem melhor. Você, como o juiz que está ajudando os dois a se reconciliar, tem alguma sugestão para eles?”

É provável que o cliente já consiga uma solução como “bem, eles poderiam definir um horário limite para assistir séries e depois disso é cama! Também, poderia definir que o dia que não acordar no horário, não pode assistir séries”.

Essa parece uma boa solução, mesmo assim é necessário testá-la. Algumas vezes a primeira solução resolve, outras vezes é necessário voltar ao passo 3 repetidamente.

Para sabermos, temos que fazer o próximo passo…

5- Teste a ecologia

Para testar a ecologia, peça ao seu cliente que pergunte a cada uma das partes se ficarão satisfeitas: “Batatão, se a partir de hoje você continuar podendo assistir séries, mas por um tempo limitado, isso vai fazer com o Sr. Certinho consiga mais dinheiro para você. Isso é algo que você está disposto a fazer?”.

Caso o cliente consiga um sim congruente das duas partes, ele conseguiu resolver o conflito interno. Entretanto, se ele obtiver um não de uma das partes, continue segmentando no passo 3, ou simplesmente bole mais opções no passo 4.

Conclusão sobre a resolução de conflitos internos

Ter a solução não significa que ela será automaticamente implementada. Dessa forma, para implementar a solução e integrá-la, utilize uma técnica da PNL que seja relevante.

Rapport na PNL

Rapport e PNL

Rapport na PNL é um conceito amplo e importante que representa a sintonia entre duas pessoas.

O rapport é estudado dentro da PNL especialmente por que, para se ter bons resultados ao aplicas as técnicas, o cliente deve ter uma boa aceitação do practitioner.

Origem do rapport

Apesar de ser uma técnica diretamente relacionada com a Programação Neurolinguística, o rapport surgiu inicialmente no contexto da psicologia. Dentro de uma sessão de terapia, é importante para o terapeuta criar empatia e sintonia com seu cliente.

A palavra é originária do francês e na transliteração para o inglês já teve um significado um pouco diferente no passado.

Rapport na PNL

A associação do rapport com a PNL é o fato de que no início de seus estudos, Bandler e Grinder modelaram Milton Erickson e popularizaram o conceito de “copiar e espelhar”.

Muito antes dos anos 70, terapeutas e até mesmo vendedores usavam técnicas para criar empatia que estavam disponíveis na época. Dessa forma, eles aplicavam esforços para direcionar sua comunicação com o fim de criar conexão.

Este tipo de conversa era focada em encontrar pontos como gostos, hobbies, estrutura familiar, enfim, qualquer coisa que pudessem ter em comum e assim criar a conexão.

Este tipo de abordagem funciona e consegue bons resultados. Entretanto, por ser abordar mais o consciente, tende a demorar um pouco, muitas vezes é um vendedor precisa conversar de 30 a 90 minutos antes de ter uma conexão boa o suficiente para entrar no assunto principal de sua visita.

Com as técnicas da PNL para criar rapport, o practitioner vai além do consciente entrando no inconsciente do cliente. Dessa forma, a conexão é criada muito mais rápida e com muito mais profundidade.

Aplicações do rapport com PNL

Como tudo na PNL, o rapport é algo natural e que as pessoas já praticam mesmo que nunca tenham ouvido falar sobre o assunto. Entretanto, conhecer estas técnicas nos permite usá-las de forma consciente e assim, podemos escolher quando aplicar.

O rapport é provavelmente a técnica mais abrangente da PNL. Assim, podemos aplicar as técnicas para criar empatia em todos os nossos relacionamentos.

Se você quer educar bem seus filhos, provavelmente vai querer ter uma boa conexão. Se quiser liderar sua equipe, também é importante ter a empatia. Finalmente, em qualquer relacionamento que tiver com pessoas, o rapport será uma maneira de aprimorar a experiência.

Rapport e amizade

Apesar do rapport criar uma grande conexão e empatia, isso não significa que haja amizade. O rapport pode surgir em poucos minutos na primeira vez que você está interagindo com uma pessoa, isso não significa que vocês sejam amigos.

Também, um amigo que a muito tempo você não conversa com ele, pode ser que tenha sido quebrado o rapport (metas diferentes, gostos diferentes, caminhos diferentes, etc). Entretanto, você provavelmente ainda considere aquela pessoa como um grande amigo.

Para manter um relacionamento com alto grau de engajamento, é importante ter rapport. A forma mais comum para se criar esse engajamento é através de ter metas em comuns.

Um casal que tenha metas em comum, certamente estará muito conectado. Entretanto, um casal que já não possui nenhuma meta em comum, provavelmente estará a beira de uma triste separação.

Sistemas representacionais

Sistemas Representacionais

A base da PNL é que nós estruturamos os pensamentos de maneiras diferente. Esta forma de estruturar os pensamentos é o que chamamos de sistemas representacionais.

Também encontramos este conceito com os nomes “modalidades” ou “Modelo VAC”. Assim, sempre que usarmos qualquer uma destas terminologias o leitor saberá que nos referimos à mesma coisa.

O que são os sistemas representacionais?

Estruturamos nossa experiência subjetiva através de “qualidades” as quais chamamos de sistemas representacionais. Assim como um computador precisa de periféricos para captar informações, nós temos os sentidos.

Apesar de você ter aprendido na escola que temos apenas 5 sentidos, há estudos que apontam muito mais.

Entretanto, independente desses “periféricos”, na PNL acreditamos que toda informação que colhemos é representada através de apenas 3 sistemas.

São eles o visual, auditivo e cinestésico. Os dois primeiros são fáceis de compreender pois são diretamente correspondente a 2 dos 5 sentidos que aprendemos na escola.

Entretanto, o cinestésico é um pouco mais amplo e merece mais atenção. Inclui no sistema representacional cinestésico tudo o que dizemos que “sentimos”. Seguem alguns exemplos:

  • Eu sinto o toque;
  • Eu sinto o cheiro;
  • Eu sinto o sabor;
  • Eu sinto dor;
  • Eu sinto pressão;
  • Eu sinto frio;
  • Eu sinto medo;
  • Eu sinto amor;
  • Eu sinto mal-estar;
  • Etc…

Como é possível perceber, a modalidade cinestésica inclui muita coisa e ao mesmo tempo são coisas mais abstratas do que o visual e o auditivo.

Aplicação

Quando dizemos que através da PNL usamos uma “linguagem” para “programar” a mente, certamente essa linguagem é baseada no sistema VAC.

Por essa razão os sistemas representacionais são usados em praticamente tudo da PNL. Inclusive você precisará entender de modalidades para poder entender o processo de modelagem.

Para exemplificar, imagine uma sala com 100 alunos, onde o professor entra e diz “pensem em um violão”. Mesmo que todos os 100 alunos pensem em um violão, certamente estarão pensando com “qualidades” diferentes.

Estas qualidades estão relacionadas aos sistemas representacionais. Um aluno por exemplo pode estar pensando na imagem do violão com um fundo preto, enquanto outro está imaginando um violão no colo de um músico.

Outros alunos podem estar imaginando músicas do violão, desde músicas mais lentas até as mais agitadas. Finalmente, outros alunos podem estar pensando em sentimentos, de todos os tipos, relacionados ao violão.

Um pode pensar como se sente ao ouvir uma música de violão, outro porém pode sentir um peso por lembrar que não conseguiu vender o seu violão que está parado na sala. Até mesmo o cheiro do instrumento pode surgir na imaginação de outro aluno.

Note que apesar de todos pensarem genericamente na mesma coisa, todos estão pensando especificamente em coisas bem diferentes.

VAC, VAK ou VACOG?

Modalidades VAC

A este ponto você já teve ter percebido que VAC é a sigla de Visual, Auditivo e Cinestésico. Mas o que são as outras siglas que encontramos nos livros?

VACOG é a sigla que inclui as modalidades Olfativa e Gustativa separadamente. Apesar de ser senso comum na PNL de que somente existam 3 modalidades principais, algumas técnicas se tornam mais eficientes se separarmos estes outros dois sentidos.

Simplesmente pelo fato de que se torna mais segmentado ou específico. Entretanto, os sistemas olfativos e gustativos continuam sendo apenas uma subdivisão do cinestésico.

Finalmente, nos sobrou o VAK para ser explicado. De todas as 5 iniciais da sigla VACOG, a única que não permanece a mesma quando traduzida do inglês para o português é o K de Kinesthetic (cinestésico).

Como a pronuncia não é alterada, apenas a escrita, muitos tradutores de livros e cursos mantém a sigla original. Dessa forma, você poderá encontrar esta variação mesmo em livros traduzidos para o português.

O que significar ser V, A ou C?

É muito comum ouvir a expressão “o fulano é cinestésico” ou “eu sou visual”. Esta comunicação pode fazer com que leigos confundam e pensem que se está afirmando que as pessoas são encaixadas em uma das três modalidades.

Na realidade, temos o que alguns autores chamam de “sistema condutor” ou ainda de “modalidade preferida”. Ou seja, é o sistema representacional que a pessoa mais usa.

Swish - PNL

Padrão Swish

Ficha Padrão Swish

O Padrão Swish é uma técnica simples e muito eficiente da PNL. Basicamente, o padrão Swish é uma aplicação das submodalidades para passar uma mensagem para o subconsciente que um comportamento deve ser alterado.

O Swish, diferentemente da ressignificação em seis passos e outros, não trabalha a intenção positiva. Pelo contrário, neste padrão confiamos que o inconsciente possui os recursos necessários para resolver sozinho as necessidades básicas.

Passo-a-passo do Swish

O passo-a-passo descrito aqui é uma adaptação do livro Introdução à Programação Neurolinguística de Joseph O’Connor e John Seymour. As alterações foram feitas por experiência do autor desta matéria.

1- Identificando o Comportamento

Como esta técnica não trabalha a intenção positiva, é recomendado escolher um comportamento simples que você queira ter mais criatividade. Por exemplo roer as unhas ou excesso em algum comportamento como fumar ou comer.

2- Trate a limitação como se fosse um sucesso

Claro que se você está querendo mudar seu comportamento é por que você o considera ruim. Entretanto, imagine que esse comportamento fosse bom e que você tivesse que ensinar para alguém. Qual seria a pista que indica que o comportamento está iniciando.

Essa pista normalmente é visual. Entretanto, Practitioner mais avançados conseguem utilizar pistas auditivas e cinestésicas. No caso de roer as unhas, por exemplo, a pista pode ser “ver a unha se aproximando da boca”.

3- Identifique as submodalidades

Saiba quais submodalidades funcionam bem para você. Estas submodalidades devem gerar um impacto transformacional. Geralmente as pessoas respondem bem ao tamanho e à luminosidade.

Neste vídeo, de quando Tonny Robbins estava no início de sua carreira como palestrante. Ele nos explica que gosta de utilizar cores (verde para bom e vermelho para ruim). Enfim, você pode usar qualquer submodalidade que faça sentido para você.

4- Pense como você gostaria de ser

Agora é a hora de pensar como que agir depois de aplicar a técnica. Você irá ter mais opções/recursos? Ao invés de levar a mão à boca, você irá deixar sua mão no bolso?

Lembre-se de saber o que você quer fazer e não o que você não que fazer. Isso faz toda diferença. Dessa forma você irá dizer para seu inconsciente como agir a partir de hoje.

Crie uma autoimagem deste novo comportamento e cheque a ecologia.

5- Aplique o Swish

Agora você já tem todas as informações necessárias que coletou nos passos anteriores. Então, faça uma inversão da autoimagem negativa gerada no passo 2 com a autoimagem positiva gerada no passo 4, usando as submodalidades escolhidas no passo 3.

Por exemplo: imagine a imagem de você roendo as unhas em tamanho grande e claro. E então, pequena e escura imagine a imagem de você com as mãos nos bolsos. Imagine então as imagens trocando de tamanho e luminosidade.

Faça uma primeira vez lentamente, leve uns 5 a 10 segundos. Depois “quebre o estado” ou seja, abra os olhos e feche novamente para repetir. Essa repetição será um pouco mais rápida. Continue repetindo até que a velocidade seja menos que meio segundo.

Você pode fazer ou imaginar um som que faça sentido para você, que pareça representar uma “transformação”. O nome da técnica é uma sugestão. Assim, você pode fazer o som “Suichi” enquanto imagina a troca.

6- Teste o resultado

Depois de ter feito várias repetições, pense na pista. O sentimento ou a reação mudou? O resultado também pode aparecer em forma de submodalidades.

Alunos meus já relataram que ao pensar na imagem antiga não viam mais vermelha, mas amarela ou laranja. Outros relataram que nem conseguiam mais pensar naquela imagem.

Quanto aos sentimentos ou reações, relataram que se sentiam neutro ou indiferentes.

Conclusão sobre o Swish

Essa técnica é simples e pode ser usada por qualquer pessoa. Assim, para executá-la não há necessidade de conhecimento aprofundado em PNL ou terapia, pois aceita-se que o inconsciente fará o trabalho pesado.

Pressupostos da PNL

Pressupostos da PNL

Por ser pragmática, a Programação Neurolinguística não carrega leis, mas sim pressupostos.

Leis são regras um tanto quanto inquestionáveis que clamam representar a verdade.

Já pressupostos são observações práticas que parecem ser verdade e que consistentemente trazem resultados positivos.

Não sabemos se os pressupostos são verdades, mas sabemos que a aplicação deles, durante décadas de PNL, geram os resultados esperados de maneira consistente.

Origem dos pressupostos da PNL

Os pressupostos são formados através da observação do comportamento humano e aplicação das técnicas de PNL.

Nem todos os pressupostos surgiram dentro do contexto da PNL, entretanto, fez sentido incluí-los na prática e conceitos da mesma.

Nenhum pressuposto é “oficial”, uma vez que não existe nem um órgão que regulamente a PNL e nem uma regra sobre como devem ser formados.

Dessa forma, consideramos listar nesta página aqueles de maior relevância para a pratica da PNL. A maioria deles podem ser encontrados no livro de Joseph O’Connor, Manual de Programação Neurolinguística.

Aplicação dos pressupostos da PNL

Você pode usar os pressupostos da PNL como uma forma de crença capacitante. Isso por que ao acreditar em um pressuposto você estará apto a aplicar muitas técnicas baseadas nele.

Os pressupostos da PNL

Veja abaixo uma lista dos principais pressupostos da PNL.

O Mapa não é o território

Em qualquer livro, site ou curso de PNL que você participar, certamente este será o primeiro pressuposto que você aprenderá. Isso por que ele representa a essência pragmática da PNL.

Dizer que o mapa não é o território é o mesmo que dizer que nossas crenças não são a realidade em si. Dessa forma elas podem ser muito parecidas com a realidade, assim como é o mapa.

Entretanto, assim como um mapa sempre possui erros indicando ruas que não existem ou direções proibidas. Também nossas crenças por vezes podem estar equivocadas.

Pense bem: é impossível concordarmos com alguém em 100% de todos os assuntos. Portanto, é impossível estarmos certos 100% das vezes.

Esta crença, além de instrutiva é libertadora. Entender que não somos os donos da verdade abre muitas possibilidades em nossas experiências.

Todo comportamento possui uma intenção positiva

Este pressuposto da PNL pode ser mal compreendido se não tiver uma boa explicação. Perceba que por intenção positiva não queremos dizer boa intenção.

Uma intenção positiva é algo que uma pessoa acredita inconscientemente que trará algum benefício para ela mesma.

Existem muitas linhas de estudo para entender sobre que benefício é esse. Entretanto é fácil entendermos que uma pessoa diabética que come um doce quando não deveria, não está querendo se matar e sim ter o prazer momentâneo oferecido pelo doce.

Todo comportamento é útil em algum contexto

Praticamente como uma sequência do pressuposto anterior da PNL, é bom entendermos que todos os comportamentos podem ser bem alocados.

Apesar de comer o doce poder ser algo ruim para um diabético, pode ser algo bom para um hipoglicêmico. Ou mesmo, pode ser algo desejável até para o diabético caso seja em momentos controlados em que este está comemorando uma conquista.

Matar alguém é uma atitude repudiável em nossa cultura, entretanto, no contexto de auto-defesa geralmente é útil. Note que a utilidade não está representando ética ou moral.

O significado da comunicação é a resposta que você obtém

Achar que passou uma mensagem por que você disse o que queria ter falado pode ser um grande erro. Este pressuposto da PNL nos sugere coletar um feedback para saber se conseguimos passar a mensagem.

Há diversas técnicas para isso que você pode conferir aqui. Entretanto, começar a trabalhar esta mentalidade pode ser transformador por si só.

Corpo e mente são partes do mesmo sistema

Hoje muito se fala sobre as doenças psicossomáticas. Este pressuposto da PNL sugere que estas duas coisas (mente = psico | corpo = sôma) são partes do mesmo sistema, e por isso que sempre estão correlacionadas.

Se você tiver um problema na mente, este problema tenderá a refletir no corpo. Assim como se o problema for no corpo, tenderá a refletir na mente.

O mesmo é verdade para a solução. Independente de onde se iniciou o problema, a solução pode iniciar tanto no corpo quanto na mente.

Se uma pessoa pode fazer algo, todos podem aprender a fazê-lo

A idéia deste pressuposto é que todas as pessoas são iguais e a PNL pode te ajudar a superar seus limites. Apesar de algumas pessoas demonstrarem uma pré-disposição para algumas atividades, qualquer outra pessoa pode aprender a fazer o mesmo.

É claro que existem diferenças específicas como as deficiências físicas ou mentais. Entretanto, note que este pressuposto é geral e pode até mesmo ajudar pessoas com tais deficiências a superar seus limites.

Milton Erickson, por exemplo, venceu a paralisia infantil por acreditar que era capaz. Ele se dedicou ao ponto de poder fazer canoagem, conforme consta no site da Fundação Milton Erickson.

Já temos todos os recursos que precisamos ou então podemos criá-los.

Este pressuposto da PNL resolve os problemas de “vitimismo” ou de se criar “desculpas” para o fracasso. Se você quer abrir uma empresa mas não tem o capital necessário pois nasceu numa família pobre, bem, você pode criar esse recurso. Afinal, foi assim que a maioria dos grande empreendedores começaram: do zero.

Se você não nasceu com o dom para vender, bem, você pode desenvolver suas habilidades e se tornar tão bem quanto aqueles que “nasceram com o dom”.

Ponte para o Futuro

Ponte para o Futuro

A técnica de PNL Ponte para o Futuro é uma das mais famosas e ao mesmo tempo mais básicas.

Esta técnica é tão importante que é utilizada como um passo final para muitas outras técnicas.

O objetivo da ponte para o futuro é fazer com que a pessoa grava uma mensagem no seu inconsciente sem a necessidade de instalação por herança.

Execução

Na ponte para o futuro se utiliza o conceito de linha do tempo e de associação/dissociação. Entretanto a pessoa não precisa conhecer nenhum conceito da PNL para executar esta técnica.

Para realizar a ponte para o futuro, primeiro você precisará saber qual a cena que deseja viver mentalmente.

Então, caso ainda não tenha feito isso, imagine a cena detalhadamente de maneira dissociada, quando estiver satisfeito com a qualidade e quantidade de detalhes, siga para o próximo passo.

Atenção: se necessário verifique a ecologia da cena imaginada antes de prosseguir.

Agora, para aplicar a ponte para o futuro propriamente dita, simplesmente se associe à cena e viva com a maior intensidade possível.

Imagine os detalhes visuais pelos seus próprios olhos, como se você estivesse na cena.

Imagine os sons que chegam em seus ouvidos. Há muito barulho? Vozes? Silêncio?

Finalmente, sinta com intensidade todos os sentimentos externos e internos. Você sente toques? pressões? um frio na barriga? felicidade? realização?

Pensamento Positivo

A ponte para o futuro é considerada por muitos practitioners como o “pensamento positivo” dentro do contexto da PNL.

Isso por que quando pensamos no futuro brilhante, nossa mente tende a entender que é realidade.

Entretanto, por se associar, na ponte para o futuro esse poder do pensamento positivo é potencializado.

Conclusão

Geralmente este exercício da PNL é muito intenso e as pessoas retornam muito satisfeitas e felizes.

Este exercício é tão poderoso que geralmente é o fechamento de qualquer outra técnica da PNL.

Modelagem

A modelagem na PNL é a principal técnica. Isso por que é através dela que surgem todas as outras técnicas. Foi modelando Milton Erickson, por exemplo, que surgiu a técnica de Rapport conhecida como Copiar/Espelhar.

Essa técnica serve para copiar uma habilidade de uma pessoa e repassar a mesma habilidade para outra pessoa para que ela tenha o mesmo resultado ou resultados parecidos.

A modelagem da PNL funciona como uma receita de bolo. Se você perguntar para sua amada vó como ela faz o bolo, ela provavelmente dirá “coloque um punhado de farinha, um tanto ‘assim’ de fermento…”.

Dessa forma, quando você for repetir a receita, você não terá conhecimento suficiente para colocar as quantidades certas e provavelmente seu bolo não ficará igual.

Entretanto, se você for capaz de medir as quantidades de ingredientes, os intervalos de tempo e outros fatores importantes e anotar tudo em forma de receita, você certamente terá mais chances de ter um bom resultado.

Assim funciona a modelagem da PNL.

A Técnica de Modelagem

Para executar a técnica de modelagem é importante ter preparo prévio. Entretanto, caso você já tenha sido treinado, você pode seguir o guia a seguir.

1- Identifique o uma habilidade que deseja modelar;

Identifique uma pessoa, que pode ser você mesmo, que execute uma habilidade de maneira que você queira modelar. Saiba também exatamente qual é a habilidade que você quer modelar e o resultado que essa habilidade gera.

Em seu livro Poder sem Limites, Tonny Robbins conta a importância de ter selecionado os melhores atiradores de um pelotão do exercito americano, para então modelar a habilidade que seria ensinada a todos os novos alunos.

2- Deduza a estratégia

A dedução da estratégia envolve ter um alto nível de conhecimento em submodalidade, rapport, e no próprio conceito de estratégias, além de muita acuidade sensorial.

Basicamente, o practitioner faz seu cliente reviver a experiência a ser modelada, anotando cada passo relatado e descobrindo o máximo de detalhes possível.

O esquema abaixo é um exemplo de estratégia de motivação para acordar.

Modelagem da PNL - Estratégia
Alguns detalhes importantes das submodalidades não estão inclusos na estratégia acima.

3- Reaplique por herança

Caso você tenha feito tudo certo nos passos 1 e 2, o que pode levar algum tempo dependendo da prática e da pessoa sendo modelada, agora você já tem a sua “receita de bolo”.

Então você pode aplicar a técnica de instalar por herança para que qualquer outra pessoa consiga se levantar ao ouvir o despertador.

Conclusão sobre Modelagem da PNL

Apesar de neste artigo você ter visto a estratégia de modelagem da pnl em apenas 3 passos, cada um destes passos dependem do conhecimento de vários outros conceitos da PNL.

Por essa razão, esta técnica não deve ser aplicada por pessoas sem treinamento.

Pilares da PNL

De acordo com Joseph O’Connor, a PNL utiliza alguns princípios básicos que são conhecidos como pilares.

Outros autores apresentam variações, entretanto, vamos nos basear no que O’Connor oferece como sendo os seis pilares da PNL.

Você

Dentro de um contexto intervencional da PNL, o pilar você pode ser considerado uma pessoa que auto-aplica a PNL, um practitioner ou um cliente.

Se imaginarmos o pilar você como uma ferramenta, ela deve ser bem feita e congruente para a realização do trabalho.

As pressuposições

A PNL não utiliza regras ou leis. Por ser baseada na filosofia pragmática, a Programação Neurolinguística utiliza pressuposições que, quando utilizadas funcionam como crenças úteis.

Não garantimos que uma pressuposição seja verdadeira. Entretanto, sugerimos que se você acreditar nela, você obterá os mesmos resultado que as outras pessoas obtém.

Rapport

O rapport é um dos assuntos mais falados da PNL. Se traduzirmos para termos da lingua portuguesa, chegaremos na palavra empatia.

Trata-se da qualidade do relacionamento entre as pessoas. Dessa forma, no contexto de intervenção de PNL, representa o relacionamento entre o practitioner e o cliente.

Resultado

O pilar da PNL resultado é o que guia um intervenção. Enquanto algumas pessoas chamam de meta, objetivo ou sonho, na PNL chamamos de resultado aquilo que queremos obter.

Um resultado não é necessariamente bom ou ruim, cada pessoa é quem julgará se o resultado é desejado ou indesejado.

Feedback

O feedback é a maneira como medimos os resultados. Por essa razão, alguns praticantes de programação neurolinguística agrupam este pilar da pnl com o de resultado.

O resultado que você obtém não deve ser considerado como falha, ele é apenas um feedback, ou seja, um indicador se o caminho está funcionando ou não.

Flexibilidade

Finalmente, a flexibilidade é o pilar mais importante e ao mesmo tempo mais esquecido e mau compreendido.

De nada adianta aprender a PNL se você não tiver flexibilidade para mudar. Se o feedback não é positivo, você é capaz de agir diferente para ter outro tipo de resultado?

Conclusão

Entender estes 6 pilares da PNL é fundamental para poder começar a aplicar os modelos e técnicas.